Sou todo teu, Maria, e tudo o que é meu é teu.
Salve Maria!
Hoje,
para toda a Igreja, sobretudo para nós legionários, reverenciamos um dos mais
belos exemplos de devoção e amor filial à Virgem Maria; um dos maiores santos e
mariólogos que possui a Santa Esposa de Cristo; um homem que se submeteu
espontaneamente à total servidão a Jesus Cristo por meio de sua Santíssima Mãe;
neste dia, veneramos de modo particular nosso amável padroeiro São Luiz Maria
Grignon de Montfort.
A vida deste santo servo de Deus foi verdadeiramente um jardim, em que a
Trindade semeou belíssimas flores. Isso porque São Luiz encontrou um meio
extremamente eficaz, um singular atalho, para chegar aos braços adoráveis do
Augusto Redentor: descobriu que por meio da devoção à Virgem Maria conseguiria,
sem dúvidas, alcançar a Santidade.
Contemplando por toda a vida a singela figura da "humilde Maria", viu
naquela bendita mulher, da qual pouco falam os Evangelhos, um exemplo fidedigno
de total submissão à vontade divina. Conseguiu vislumbrar como poucos as
incontáveis graças das quais a Santíssima Trindade a cumulou; como não poderia
deixar de ser, chamava a Virgem de o "paraíso terrestre" do qual Deus
Pai adornou de todas as suas riquezas, todas as suas pedras preciosas, todos os
seus tesouros mais valiosos, encerrando neste, por fim, seu próprio Filho.
Sim, o exemplo de Maria era, para São Luiz, totalmente fascinante. Decidiu pois
viver por Jesus uma escravidão de amor, uma entrega total, não somente do que
possuía mas de si mesmo. Para isso, se lançou nos braços da Mãe de Deus como
seu menor escravo, o mais indigno dos súditos, o qual se põe aos pés de sua
senhora esperando a menor de suas ordens, embora sempre soubesse qual seria
feita: "Fazei tudo o que Ele vos disser" (Jo 2,5).
Mas como as rosas, por mais belas que sejam, possuem espinhos, São Luiz também
experimentou a hostilidade e a perseguição de muitos, chegando inclusive a ser
envenenado por calvinistas invejosos de sua forte espiritualidade, sendo por
esse motivo tratado pela Igreja como confessor; em outras palavras, aquele que
foi perseguido mas não ao ponto de chegar ao martírio.
Em 1712, escreveu um livro intitulado "Tratado da Verdadeira Devoção à
Santíssima Virgem Maria", no qual, em cada palavra, derramou seu espírito
na tentativa de apresentar aos seus irmãos a graça de viver a real devoção a
Jesus Cristo por Maria; apresentou nessa obra um verdadeiro estudo mariológico
como raramente se viu e propôs uma fórmula de consagração ao venerável coração
da dulcíssima Virgem.
No ano de 1716, quatro anos após escrever sua mais famosa obra, São Luiz partiu
para a glória eterna depois de humildemente viver seu "Totus tuus",
pensamento que foi meditado por vários santos e chegou a ser usado como lema de
pontificado do Beato João Paulo II. Para nós essa é a forma pela qual
renovamos, anualmente, nossa consagração à nossa Rainha:
"Totus tuus ego sum, et omnia mea tua sunt" ("Eu sou todo
teu, e tudo que é meu é teu").
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